RPM Tudo começou em 1980, em São Paulo, quando Paulo Ricardo, namorava Eloá, que morava em frente à casa onde Luiz Schiavon ensaiava com May East. O casal resolveu visitar os vizinhos, que ensaivam para decidir entre cantar em inglês ou português. Paulo Ricardo deu seu voto, para letras em português e assim conheceu Luiz Schiavon. Neste dia conversaram muito sobre música. Paulo estava começando sua carreira como crítico musical e Schiavon era um pianista clássico, que buscava um novo caminho, mais popular, mas sentiu dificuldade em encontrar alguém.
Foi assim que Paulo recebeu o convite para integrar o "Aura", uma banda de jazz-rock que ainda tinha Paulinho Valenza na bateria e o curitibano Edu Coelho na guitarra. Depois de três anos de ensaios e nenhum show, Luiz encantou-se pela música eletrônica e pela tecnologia de novos sintetizadores, enquanto Paulo decidiu morar na Europa – primeiro na França e depois em Londres, de onde escrevia sobre novidades musicais para a revista Somtrês e se correspondia com freqüência com Schiavon. Este choque de personalidades impulsionou a criação do RPM depois que o trabalho da dupla foi retomado em fins de 1983, já em São Paulo.
Foi assim que Paulo recebeu o convite para integrar o "Aura", uma banda de jazz-rock que ainda tinha Paulinho Valenza na bateria e o curitibano Edu Coelho na guitarra. Depois de três anos de ensaios e nenhum show, Luiz encantou-se pela música eletrônica e pela tecnologia de novos sintetizadores, enquanto Paulo decidiu morar na Europa – primeiro na França e depois em Londres, de onde escrevia sobre novidades musicais para a revista Somtrês e se correspondia com freqüência com Schiavon. Este choque de personalidades impulsionou a criação do RPM depois que o trabalho da dupla foi retomado em fins de 1983, já em São Paulo.
Juntos, criaram as primeiras canções. As primeiras foram "Olhar 43", "A Cruz e A Espada" e a música que batizara a banda que ali nascia: "Revoluções por Minuto". Gravaram uma fita demo destas canções com uma bateria eletrônica e encaminharam à gravadora CBS, que considerou-as ambíguas e difíceis de tocar nas rádios.
O nome 45 RPM (45 rotações por minuto) foi sugerido inicialmente em uma lista de nomes feita por uma amiga. Schiavon e Paulo gostaram do nome, mas tiraram o 45 e mudaram o Rotações por Revoluções. Convidaram o guitarrista Fernando Deluqui (ex-guitarrista da cantora May East, ex-integrante da Gang 90 e as Absurdettes) e o baterista Junior Moreno, na época com apenas 15 anos. Logo a banda começou a se apresentar em casas noturnas e então Júnior teve de sair, por ainda ser menor de idade (aparentemente ele chegou a tocar em alguns shows, escondendo a idade, mas não daria para continuar assim por muito tempo). quem se tornou o novo baterista foi Charles Gavin (ex-Ira!, futuro baterista dos Titãs) para completar o grupo. Já batizados de RPM, conseguiram um contrato com a gravadora Sony Music, com o compacto de 1984, que viria com as faixas "Louras Geladas" (a música virou um hit das danceterias e das paradas de sucesso das rádios) e "Revoluções por Minuto" (que foi censurada na época). "Louras Geladas" caiu no gosto do público de todo o país e levou a banda a gravar o seu álbum de estreia, já com o baterista Paulo P.A. Pagni (ex-Patife Band), que entrou para o RPM como convidado, no meio da gravação do LP, o que explica a sua ausência na capa do disco "Revoluções Por Minuto". Charles Gavin havia saído do grupo para se integrar aos Titãs.
1985: Revoluções por Minuto
No mês de maio chega às lojas Revoluções Por Minuto, no vácuo de um país ainda perplexo com a morte de Tancredo Neves. O misto de paixão platônica e pretensa declaração de amor de "Olhar 43" emplaca nas rádios e abre caminho para que outras faixas, mais politizadas e/ou conceituais (como a dolorosa e inconformista "Juvenília"), façam o mesmo. As faixas do disco tratam também de temas como política internacional e transformações sócio-econômicas. As canções são marcadas pela forte presença da bateria eletrônica e pelo clima soturno dos arranjos de Luiz Schiavon. O sucesso do álbum é tanto que o RPM emplaca rapidamente uma seqüência de hits no rádio (oito entre as onze faixas do álbum) e chega à marca de 100.000 LPs vendidos (disco de ouro). Revoluções por Minuto chegou a vender 300 mil cópias.
1986: Rádio Pirata Ao Vivo
Logo depois dos primeiros shows de divulgação, o RPM fecha contrato com o megaempresário Manoel Poladian, que procurava uma banda em ascensão no rock brasileiro para o seu elenco de artistas platinados de MPB. Os costumeiros palcos das danceterias são trocados por uma megaprodução, com direito a Ney Matogrosso assinando luz e direção, canhões de raio laser e multidões espremidas em ginásios e estádios. A esta altura, Paulo Ricardo já é sex symbol: estampa diversas capas de revistas e enloquece garotas histéricas.
Sem “futuros hits” na manga e para manter a banda em alta, Poladian, músicos e gravadora lançam em julho de 1986, um novo álbum, com parte do registro de dois shows da histórica turnê. O repertório de Rádio Pirata Ao Vivo traz quatro gravações inéditas (sendo duas covers) e cinco faixas de Revoluções Por Minuto. Com a ajuda dos preços congelados do Plano Cruzado, 500 mil cópias são vendidas antecipadamente. Rapidamente as vendas de Rádio Pirata Ao Vivo disparam e chegam a 3,7 milhões. O RPM transforma-se na banda de maior vendagem da indústria fonográfica nacional até então. O sucesso foi tanto que, no mesmo ano, o grupo foi o tema principal de uma edição integral do programa jornalístico Globo Repórter, com reportagem de Pedro Bial.
Porém, o vocalista Paulo Ricardo passou a ser conhecido apenas como "sex symbol" e procurado e visto por jornalistas e fãs como se fosse modelo e não músico.
1987: a primeira separação
1987: a primeira separação
Mesmo com todo o sucesso no Brasil e em países como França e Portugal, a banda passava por uma situação difícil.
Em junho, houve o lançamento oficial de um disco mix, intitulado RPM & Milton, com a participação do cantor Milton Nascimento.
O fracasso do projeto RPM Discos, um selo próprio do grupo, acabou causando conflitos entre seus integrantes. Chegou-se a produzir um LP com o grupo paulista Cabine C (liderado pelo ex-Titã Ciro Pessoa), que prensado e distribuído pela RCA, foi um grande fracasso comercial. Ainda em 1987, Paulo Ricardo, Fernando, Schiavon e P.A. anunciaram a separação oficial do grupo.
1988: Quatro Coiotes
O grupo retomou as atividades em 1988, com o álbum RPM (mais conhecido como Quatro Coiotes), com uma tiragem inicial de 250 mil cópias. Na gravadora, o RPM ainda tinha destaque, pois chegaram a empatar com Roberto Carlos em termos de vendagem, ainda a maior fonte de receita da empresa.
1988: Quatro Coiotes
O grupo retomou as atividades em 1988, com o álbum RPM (mais conhecido como Quatro Coiotes), com uma tiragem inicial de 250 mil cópias. Na gravadora, o RPM ainda tinha destaque, pois chegaram a empatar com Roberto Carlos em termos de vendagem, ainda a maior fonte de receita da empresa.
Separados há mais de seis meses, a banda ressurgia aparentemente mais amadurecida, com um disco basicamente com base na percussão (do brasileiro Paulinho da Costa, radicado nos EUA). O som é estritamente alto, com o instrumental sobrepondo-se às letras (todas, exceto "Ponto de Fuga", de Paulo Ricardo). Destacam-se também o erotismo de A Dália Negra e também a critica social de O Teu Futuro Espelha Essa Grandeza, com participação de Bezerra da Silva. O disco contou com tiragem inicial de 250 mil cópias (na época, disco de platina), que foram bem vendidas. Apesar disso, o número era um fracasso para os padrões do RPM, que se separa novamente.
O grupo ainda viria a realizar a regravação de "A página do relâmpago elétrico", de Ronaldo Bastos e Beto Guedes, para o disco/tributo ao compositor Ronaldo Bastos, intitulado "Cais", lançado pela Som Livre, em 1989.
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